Cantinho do aluno autor

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO COTIDIANO ESCOLAR DOS FILHOS

O QUE PENSAM OS FILHOS

NOS ESCUTEM!!!

“Pra quê?” Por quê?   Essa é a resposta de muitos pais quando são cobrados a participar da vida escolar dos filhos.”Afinal, já fiz a minha parte, já mandei pra escola”.
Será que  fizeram mesmo? E o incentivo, o carinho, um parabéns de vez em quando? Isso também é importante. Somos rebeldes muitas vezes , mas talvez seja para chamar a atenção de nossos pais. Quantas vezes nós choramos em silêncio buscando parecer fortes ou quebramos a cara ao confiar em “amigos” que dizem nos apoiar , mas que nos acham fracos?
Será que alguém nesse mundo já pensou que é essencial a participação desses seres tão importantes , nossos pais, em nossa vida escolar? Para o nosso futuro precisamos deles hoje!Precisamos deles para nos dizer : “Vai lá! Vai ficar tudo bem! Estamos aqui, não importa o que aconteça.


Jeniffer Vitória


Um história de bullying?

CANTINHO DO ALUNO AUTOR

Uma história sobre bullying: pluralidade cultural

DIRCE, A PELUDA


Era uma vez uma jovem chamada Dirce. Ela tinha 14 anos e sofria bullying por ser peluda e por ter os cabelos volumosos e cacheados. Era uma jovem muito triste, não tinha amigos e estava no começo de uma depressão, além de ter bronquite, sinusite e gastrite e, consequentemente, possuir um hálito semelhante ao de um cachorro morto em estado de decomposição.
Certo dia, Dirce, ouvindo Beethoven e indo para a escola, foi surpreendida por uma cigana que prometia mudar a vida de quem estivesse na pior. A menina pensou “Pior que ta não fica”, desceu da bicicleta e foi falar com a senhora.
_ Bom dia – disse a menina, exalando a cachorro morto – a senhora diz aí que pode mudar a vida de quem está no fundo do poço. Pois bem, estou no núcleo da Terra.
A senhora, tampando a respiração, disse que sim, bastava ela beber o líquido que estava na taça de prata que ela segurava. A menina, desconfiada, quis saber que líquido era aquele e a velha respondeu que era apenas leite Mococa, mas disse ainda que iria mudar a sua vida para melhor.
A menina, sem dar importância, bebeu o leite e disse as palavras da cigana “Puro leite é...” e, sem terminar a frase, caiu num sono profundo.
Era de manhã, Dirce se levantou, olhou para o teto e percebeu que o seu retrato estava por todos os lugares. Seus pelos haviam sumido, hálito era semelhante às flores que ali estavam, seu nariz parou de escorrer e seus cabelos eram macios como a seda de seus lençóis.
Ficou assustada e ficou ainda mais quando percebeu que havia mais de trezentos seres estranhos e enrugados, parecidos com gnomos olhando para ela. Perguntou o que estava acontecendo. Os gnomos lhe explicaram que o reino dos Escrots estava sem rainha para governar, então, a velha cigana a encontrou e a trouxe para eles. E foram logo dizendo que iriam lhe explicar as sessenta e nove regras para se tornar uma boa rainha.
Começaram a ditar as regras em forma de canção e, sorrindo, a menina batia palmas alegremente, enquanto ia se cobrindo com os lençóis de seda. Lá pela vigésima regra ela já havia caído no sono, acordando horas depois.
Então, levantou-se e foi ao banheiro para escovar os cabelos e os dentes, que estavam mais brancos que neve. Foi acompanhada por um gnomo que ali estava. Pegou a escova e foi surpreendida pelos gnomos que se aglomeravam no banheiro para admirarem a beleza da moça. Pegou a pasta de dente e, quando foi apertá-la, o gnomo João correu para tirar o tubo das mãos da rainha e disse que as regras não permitiam. Ele apertou a pasta e escovou seus dentes.
Foi conduzida à mesa do café da manhã, sentou-se e ficou pensando por onde começaria. Pegou um morango com seus talheres de ouro e foi conduzindo-o à boca. Um gnomo correu e retirou o garfo de suas mãos e disse que era contra as regras. Pegou os morangos, mastigou-os e os cuspiu em seu prato de ouro, dizendo “Majestade, eu mastiguei e deixei seus morangos na temperatura corporal dos Escrots”. Enojada, ela se recusou a comer e disse que iria mastigar as frutas com sua própria boca. Infringindo as regras, ela fez com que os gnomos começassem a chorar sangue e a gritar como uma sirene de polícia, tão agudo que quase a deixou surda. Ela, então, cuspiu os morangos e pediu desculpas desesperadamente. Deixou a mesa com fome e foi ao banheiro.
Trancou a porta e levantou a tampa de sua privada cravejada de esmeraldas e sentou-se com os olhos fechados. Ao abri-los, deparou-se com o João que disse estar admirando sua beleza. Mal terminou de urinar suco de tangerina, saiu correndo do palácio, desesperada. Então, caiu e desceu rolando um morro e desmaiou.
Logo acordou, porém ficou ainda fingindo estar dormindo. Foi quando ouviu um cochicho de um dos gnomos (sim, eles a haviam trazido de volta par o palácio). Ele dizia “A rainha tentou fugir e nós a encontramos perto da aldeia de nossa arquiinimiga, a bruxa Matilda. E você sabe que ficaríamos sem a nossa rainha se...”. Eles perceberam uma piscadela da garota que a denunciou. Os gnomos então se alegraram e cantaram músicas de bom dia à rainha, exaltando sua beleza. A rainha não tinha privacidade nenhuma, não ia ao banheiro sozinha, não mastigava o próprio alimento e, nem chorar podia, pois era contra as regras. O seu papel era ser rainha para que seus súditos gnomos admirassem sua beleza.
O sol se punha quando Dirce arquitetava seu plano, mas silenciosamente, já que estava sempre acompanhada. Estava decidida a ir para a aldeia da bruxa, tentar escapar daquele lugar. Então, escolheu um gnomo para acompanhá-la em seus passeios noturnos, mandando todos irem dormir. Sentou-se sobre a relva, a lua cheia iluminava-os. A rainha começou a cantar uma canção de ninar e o gnomo caiu no sono. Desceu cuidadosamente o morro bem no local onde havia caído, onde soubera que vivia a bruxa. Correu em maio à escuridão e, naquele momento sombrio, sentiu falta de seus pais. Corria sem rumo. Via nas árvores figuras que se assemelhavam a monstros. No desespero e na pressa, tropeçou em um tronco de árvore e caiu. Levantou-se chorosa e entre um soluço e outro começou a refletir “Eu deveria ter pensado antes de beber aquele troço. Minha vida era uma maravilha, eu, agora, sou uma rainha. Que grande coisa!Eu nunca mais verei meus pais, nem a minha tia avó Vavá e nem minha avó Gina. Nunca mais vou assistir Hentai sem ser incomodada por aqueles malditos gnomos. Nem internet tem aqui!”
_ Olha, gostei da parte dos “malditos gnomos” – disse a bruxa – Prazer, rainha, meu nome é Matilda. Posso tirar você dessa imundície que vocês chamam de reino. Basta um pequeno favorzinho. – e foi logo dizendo – Eu estou apaixonada pelo gnomo João, mas ele só tem olhos para você, graças a sua capacidade de urinar suco de tangerina, coisa que só rainhas fazem, a não ser...
_ Desembucha! Qualquer coisa pra eu sair desse buraco!
_ A não ser – continuou a bruxa - que você me dê um rim. Tome essa adaga, mas antes beba este líquido que fará com que você não sangre. – e perguntou – Você faria isto para voltar a sua vidinha medíocre?
A garota, meio assustada com a proposta, ainda assim acenou que sim. Pegou a adaga, posicionou-a no lugar onde deveria perfurar, tomou o líquido de um cálice de prata e disse “Mãe, pai, aí vou eu” – e perfurou. Do corte saiu um brilho intenso que a engoliu. Sentiu-se flutuando e se percebeu caindo em um precipício. De um salto, acordou. Estava em sua cama, no seu apartamento, sem ninguém vigiá-la. Percebeu que havia voltado para o seu mundo cinzento. Olhou para a janela de onde só enxergava a felicidade.
Pulou na cama de seus pais, dando-lhes bom dia como não fazia há anos. Penteou os cabelos armados dando um beijo em si mesma e dizendo “Não importa o que digam, você é linda do jeito que é!” Pegou sua bicicleta, deu um “tchau” carinhoso aos seus pais que, confusos, retribuíram o gesto. Chegando à escola, logo viu um dos garotos que sempre a ridicularizavam. Ele a olhou e percebeu que seu semblante havia mudado, estava radiante. Tentou ofendê-la dizendo que era tão peluda que dava para fazer um tapete com os pêlos de seu sovaco. Ela teve um ataque de riso e retribuiu o tratamento com uma flor e um enorme sorriso acompanhado de um bom dia. Todos ficaram boquiabertos.
Logo, logo ela ficou famosa em sua escola devido à publicação em um jornal de uma matéria sobre sua atitude perante o bullying. Dirce aprendeu a se amar, a amar sua vida e, com o seu otimismo, conquistou muitas amizades.
Certo dia, voltando para casa, agradeceu por mais um dia. Chegando, jantou, tomou banho e, ao deitar-se, sentiu algo embaixo de seu travesseiro. Era uma carta da bruxa que dizia: “A prova da adaga foi para saber se você tinha as arrependido. Percebi que você era uma boa menina e coloquei uma poção para você voltar ao seu mundo no lugar da anestesia. Você arriscou sua vida para voltar a ser quem você era. Como prova de que achei você bacana, deixei um pó mágico na sua gaveta. Com ele voltará a ser bonita como quando rainha. Ah, antes que eu me esqueça, os gnomos encontraram outra rainha que está adorando a falta de privacidade e até comida mastigada ela come. Ps.: Casei-me com o João, foi só mudar meu nome para Yoko que ele não me resistiu.”
Ela, então, abriu a gaveta, pegou o saquinho com o pó mágico e despejou-o pela janela de seu apartamento. Antes pensava que tudo não se passava de um sonho, mas foi mais real do que realmente queria.
Ao acordar na manhã do dia seguinte, enfeitou-se, acariciando seus cabelos armados como sempre e sentou-se no sofá com seus pais. Foi assistir ao jornal que dizia: “Hoje pela manhã um famoso e renomado estilista se deparou com o que pode ser comparado a `new face´ da moda masculina – um mendigo dos cabelos castanhos e olhos azuis maravilhosos, como é exigido de um modelo. Foi encontrado próximo ao edifício Dakota, onde reside a garota que ficou famosa em sua escola após combater o bullying de maneira pacífica, com muito amor ao próximo e muito otimismo.”
 Sua vida está indo cada vez melhor. Dirce publicou um livro de aceitação que se tornou Best-seller, ajudando muitas garotas a se amarem a cima de qualquer coisa. Foi capa de revista de moda e remodelou o conceito de beleza, provando que a verdadeira beleza possui todas as formas e cores.
Dirce e muitas garotas viveram felizes e lindas para sempre.

Ewellyn Araújo Bezerra

Aluna do 9° ano A - 2013

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo Texto. Gostei de ler

Anônimo disse...

Oii

Anônimo disse...

Gostaria muito de ver as fotos da nossa primeira olimpíadas . Com o melhor professor de física Marcelo