domingo, 1 de março de 2015

Todo dia é uma dádiva

A primeira publicação do ano de 2015 é um texto escrito pela professora Kátia Martins. Leiam e reflitam !

Todo dia é uma dádiva

Das frustrações que trago na vida, uma das que mais me entristecem é que, diante de um mundo repleto de esperanças e expectativas, muitas pessoas optam por viverem para destruir o que é bom com atitudes e críticas negativas. Isso porque não são capazes de construir algo positivo. São pessoas que não vêem em si e no outro um agente de transformação para uma vida melhor; apenas enxergam obstáculos em vez de desafios que deveriam ser enfrentados, pois é só dessa forma que conseguem fazer. A maioria dessas pessoas tem discernimento do que é bom, sublime, pacífico, realmente eficaz, mas o orgulho e a soberba as impedem de agir diferente. E esses sentimentos putrificam o ser, corroendo ainda mais suas esperanças e seu âmago, estabelecendo um abismo ainda maior entre si e um mundo ideal.
Também fico pesarosa com o fato de muita gente não reconhecer em cada manhã o dia que o Senhor fez para regozijarmos e nos alegrarmos nele (salmos 118:24), deixando as pequenezes do cotidiano trazerem aos seus corações a raiva, o desânimo, a ansiedade... Ao invés de admirarem o dia, as crianças, a natureza, de apreciarem uma música ou fazerem reflexões sobre si e o mundo, de pensarem a vida e as situações e as pessoas sob outro ponto de vista,  limitam-se a murmurarem, a depositarem no outro uma culpa conveniente para justificar sua inércia e incapacidade de se perceber, perceber o mundo, de se transformar e transformar o que está ao seu redor.
Carpe diem! Vamos colher o dia! Colher este dia, como sendo a única realidade que temos. Não vivamos o hoje sem que ele existisse. Não há como mudarmos o ontem; o que passou, passou, não adianta chorarmos o leite derramado. O luto sempre acontece, mas a vida continua e não podemos nos penalizar ou aos que nos cercam com a estagnação na derrota e na frustração. Que estes episódios sejam degraus que nos elevem para o conhecimento de nós mesmos e do mundo e não uma pedra intransponível. Vivamos o hoje como se não houvesse o amanhã, pois é este o dia que realmente temos. Sonhemos, planejemos, porém sem ansiedades exacerbadas que nos impeçam de aproveitar o que temos de mais seguro: o agora. E, a tudo damos graças a Deus, porque ele é bom e sua bondade dura para sempre (Salmos 118:29).
Kátia Cristina Martins

Março, 2015

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