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segunda-feira, 14 de março de 2011

I Semana Literária: Entrevistas

Nesta terça-feira, 15/03, segundo dia da nossa I Semana Literária, estaremos conversando com Cristina Linardi e Vinnie Fuscaldy. A Cris, como todos já devem saber, é pseudônimo literário da Aline, que trabalha conosco há 12 anos. Ela também concedeu uma entrevista e nós publicamos aqui.

Biografia:

Cristina Linardi é o pseudônimo de Aline Cristiane Nardi, que nasceu em Bauru, SP, mas foi adotada por Campinas ainda na infância. Escreve desde os 12 anos em diários, cadernos e livros artesanais feitos à mão ou datilografados numa velha Olivetti azul,
companheira de estrada. Só teve coragem de se expor a alguns anos, passando por quatro blogues diferentes e deletando os velhos à medida que os novos eram criados.

Lançou seu primeiro texto numa antologia em 2009, depois publicou outros dois em uma coletânea e sua própria antologia poética em 2010, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Seu romance de estréia é um e-book, “A Cova da Alma”, lançado em seu próprio site para degustação. Aguardando edição impressa, a autora decidiu adiantá-lo aos seus leitores. Atualmente se dedica ao segundo romance, “O Metal e as Nuvens”, cujo título é inspirado na música Metal Contra as Nuvens, da extinta banda de rock Legião Urbana, da qual é fã.
1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Não tenho datas precisas, mas foi bem nova, devia estar saindo da infância. Sempre mantive diários, rabiscos e anotações trancafiadas a sete chaves.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Minhas primeiras publicações foram na internet. Comecei com blogues em 2000 e não parei mais. Um dia, lendo um livro de crônicas do Fernando Veríssimo, eu, que sempre escrevi uns lances mais poéticos, resolvi descobrir se conseguia fazer algo diferente, um pouco mais divertido. Lancei a crônica “Mulheres” na antologia de uma editora carioca, inspirada num diálogo real com uma amiga. A partir daí continuei publicando em outros sites, blogues de literatura, até lançar minha primeira antologia poética “Mistérios do Meu Ventre”, na Bienal de São Paulo, em 2010.

3 – Como se dá seu processo criativo?
Eu escrevo o tempo todo. Quando não estou na frente do computador, estou nos cadernos e agendas. Voltei a rascunhar em papel e percebi uma profundidade maior nos textos por conta da rapidez em registrar as viagens da minha mente. Tudo é inspiração para mim: a simples rotina diária, um momento de silêncio ou barulho, pessoas, objetos etc. Mas tenho uma percepção aguçada pras questões humanas, especialmente as femininas. A introspecção me é uma constante, é natural mantê-las nos textos.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Amigos. Primeiramente. Nunca tive apoio da família, mas isso só foi no início, pois mudou hoje em dia que eles sacaram que a maluquice era arte.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Estou no começo de minha carreira, tenho sonhos um pouco maiores e outros extraordinariamente grandes.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
O preconceito não é por ter escolhido ser escritora, é mais pelas características inerentes a mim que me levaram a escrever. Uma boa parte dos escritores é introspectivo e tímido, com um tipo de coisa que borbulha e aflige por dentro. Sou assim 99% do tempo e as outras pessoas demoram muito a entender isso. Daí o tal preconceito. Quando se é mais nova e imatura isso é extremamente doloroso, hoje em dia lido melhor com o nariz torcido e a falsidade das pessoas.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
Certamente que sim, contudo esta independência obriga o artista a ser mais versátil e inteligente; o que é muito importante também.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
Penso em oportunidades importantes sendo apresentadas a quem caminha aprendendo a andar. Não é só discurso: quem está em uma sala de aula todos os dias sabe exatamente como é trabalhar com poucos recursos; a realidade da escola pública. Temos jovens pobres, sem perspectivas, que veem na educação uma terrível obrigatoriedade, acho que essa consciência precisa ser mudada e isso começa na mentalidade do professor e depois na da família. Aproveito a palavra obrigatoriedade para fazer um gancho: os professores e as escolas precisam urgentemente abolir a obrigatoriedade de leitura de certos títulos, estão matando na raiz o desejo de ler do adolescente.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
No comecinho foi Machado (de Assis), depois Clarice (Lispector). Ela mudou completamente minha visão sobre a minha própria literatura e processo criativo. A partir disso consegui encontrar meios de “enviesar” meu texto, no bom sentido, claro. Ultimamente, escrevendo meu novo romance (O Metal e As Nuvens; lancei recentemente, em e-book, “A Cova da Alma”, disponível para download gratuito no meu site), estou percebendo mudanças na escrita por conta da influência de Virginia Woolf.
Falando em música eu mudei um pouco a forma de escrever e costumo ouvir muitas coisas enquanto escrevo. Tenho sempre uma playlist especialmente montada no ITunes para cada livro em que esteja trabalhando. Por exemplo, ando ouvindo bastante Pearl Jam e Legião Urbana, pois a personagem de meu livro atual é louca pelo Eddie Vedder e o próprio nome do livro faz referência à música Metal Contra as Nuvens, da Legião. No livro anterior eu ouvi muito Bob Dylan e Chico Buarque.
Tenho uma relação íntima com a música e cada uma me toca de um jeito diferente e influencia os caminhos de minha literatura. Sou compositora e tenho minhas próprias canções gravadas em minha voz, contudo, desisti de seguir essa carreira para me focar nos livros.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Vou deixar um trecho da poesia-música Metal Contra as Nuvens da Legião Urbana, porque ela sempre me marcou, como muitas outras deles, mas esta é tão especial que meu livro leva o nome dela.

“Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.”

Minha mensagem? Já que tenho essa oportunidade não vou perdê-la. Eu faço apologia ao respeito. Respeite e exija respeito. Sempre por gentileza e nunca por violência. Perdoe aqueles que te desdenham e desdenham da tua arte, eles não entendem, pois toda arte é arte e expressão de seu criador, não existe uma melhor que a outra. Foque-se nisso e não almeje arrebanhar outro público que não o seu, só ele vai te entender.

sexta-feira, 11 de março de 2011

I Semana Literária: Entrevistas

Nesta segunda-feira tem início a I Semana Literária da Escola Padre Emílio Miotti e a programação do dia inclui bate-papo com o autor Cícero Eno, no período da manhã. No período da tarde teremos a presença do escritor Felipe Tazzo e da autora Joana Masen. Ambos falarão de seus processos criativos e seus trabalhos publicados, bem como incentivar a leitura e a atividade criativa, principalmente a autoral, ou seja, valorizar o talento de cada um a fim de se expressar por meio da arte; um papo extremamente cabeça para jovens entre 11 e 16 anos. Ambos cederam uma entrevista para a gente e vocês conferem abaixo.



1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Eu não sei se eu "comecei" a escrever em algum momento. Quando eu era criança, era um hobby. Ao longo dos anos na escola, eu fui me interessando mais e criando coisas mais interessantes. É lógico que, como qualquer outro escritor pode dizer, antes de ser escritor eu era um grande leitor. Mas, o fato de eu escrever foi se tornando mais sério perto da adolescência e eu comecei a realmente prestar atenção no que estava fazendo, ao invés de simplesmente deixar as palavras fluirem. Literatura foi uma grande companhia para esse período que é difícil para todo mundo.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Meu primeiro livro 'o livro das coisas que acontecem por aí' foi publicado em 2007, através do FICC.

3 – Como se dá seu processo criativo?
Eu ainda não sei! Uma coisa que ajuda muito é conhecer bem aquilo sobre o que quer se escrever. Então, quando eu penso em algum assunto, busco outros livros, notícias, conversas com pessoas que estejam próximos desse assunto. Depois eu abandono o assunto. Deixo todas as informações que eu consegui encontrar cozinhando em fogo baixo dentro da minha cabeça. Um belo dia, sem maiores explicações, eu sento para escrever e aquilo que eu estava planejando antes começa a acontecer. Como, eu não sei, mas eu sei que ajuda e ajuda muito planejar o seu começo, meio e o fim. Meu último livro começou com uma sinopse de 3 ou 4 linhas, depois eu escrevi algo perto de uma página que resumia o livro todo e depois eu criei a estrutura de capítulos.
Mas, como qualquer obra criativa, a gente começa planejando A, B e C e quando vê está escrevendo X, Y e Z, porque às vezes personagens de um livro cuidam eles mesmos de traçar o seu próprio destino.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Acho que família, amigos e pessoas próximas sempre me apoiaram. Ainda bem, sou cercado de gente muito bacana, mas o que me deu mais ânimo para escrever foi quando eu comecei a esticar as
pernas na internet e descobrir que tinha muita gente por aí fazendo coisas parecidas com as que eu gostava de fazer.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Fama, fortuna, iates, mulheres, prêmios internacionais, essas coisas? É... Não ainda não.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
Essa, infelizmente, não é a minha carreira. Nem acho que eu conseguiria fazer dela a minha carreira porque escrever é apenas uma das minhas paixões. Mas é possível sim, especialmente hoje em dia que existem muitos empregos relacionados a escrever (infelizmente, nenhum deles é escrever romances de ficção como eu gosto).
Para responder essa pergunta, como eu não faço disso a minha carreira, não sofro e nem sofrerei preconceitos por conta de escrever, mas eu posso garantir que todo mundo no mundo um dia vai sofrer algum tipo de preconceito a partir de algo que é, gosta, ou escolheu, seja escritor, músico, engenheiro, advogado, piloto de avião, o que seja. Melhor coisa nessas horas é engolir em seco, sorrir e lembrar sempre que o preconceito em geral vem sempre de pessoas que não fazem a menor idéia do que está acontecendo com você. Se as pessoas fizessem mais perguntas e menos afirmações, a vida seria muito mais fácil para todos.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
Com certeza. Esses tempos as relações do mundo com as artes e com as oportunidades de carreira está mudando muito, graças entre outras coisas à internet. Essas mudanças ainda não se consolidaram, mas com o tempo vai ficar bem mais fácil enxergá-las.
Um exemplo disso é que eu conheço uma jornalista que tem que escrever 5 textos por dia sobre peças de carro, porque ela trabalha em uma empresa que se especializa em garantir que o site do cliente deles apareça sempre na primeira página do google. Como o google sempre busca pelo maior volume de informações, quantos mais textos houver, melhor será a colocação dessa empresa no google. Não é o sonho dourado de qualquer escritor, mas é uma oportunidade e, mais importante,
é um exercício criativo muito bom.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
Acho bobagem. Educação e arte são dois conceitos muito amplos e é possível encontrar intersecção entre elas, claro. Por exemplo, não é possível ensinar gramática ou interpretação de texto sem recorrer ao Machado de Assis, claro, mas a arte não pode ser considerada uma ferramenta da educação apenas. É importante lembrar que a maioria dos escritores cresceu em redações de jornais ou em agências de publicidade e nem por isso consideramos que notícias ou anúncios sejam arte. Da mesma forma, não podemos considerar que o ensino de matemática, biologia ou até mesmo cidadania sejam uma arte ou, necessariamente dependam da arte para existir. Também não acredito que a arte realmente torne o ensino melhor ou mais eficaz.
Também é importante lembrar que a arte é utilizada para construir muitas outras coisas da nossa sociedade que não possuam nem apelo comercial e nem apelo artístico. É o caso das novelas, onde muitos artistas trabalham para gerar um entretenimento raso, ou ainda na arquitetura, onde a arte é empregada para criar prédios e casas cujo objetivo é bastante prático: morar.
Arte também pode ser considerada uma forma de transgressão ou ainda apenas uma decoração de um ambiente.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
Eu leio muitos escritores diferentes, brasileiros e estrangeiros, mas também busco inspiração em quadrinhos e na música. Gosto muito por exemplo de rock n roll e blues e deixo isso influenciar na minha literatura.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Muita gente pensa que o trabalho de um escritor (bem, artistas em geral) é uma atividade solitária, que acontece em um quarto pequeno e em um momento específico 'baixa uma luz' e o artista cria sua obra prima. Não é verdade. A arte acontece no mundo. O que me leva a escrever não são as paredes do meu quarto, mas são as pessoas, os lugares, as comidas, as outras artes, as coisas boas da vida e as más também. O que me leva a escrever é o que está ao alcance dos olhos, dos dedos, do coração ou da mente, mesmo que essas coisas não existam mais, ainda não existem ou nunca venham a existir.
Para chegar aos meus livros eu fiz muitas perguntas, fui a muitos lugares, experimentei muitas coisas, conheci muita gente e deixei que todas essas coisas passassem por mim, sem tentar filtrar ou organizar. E receber as influências de todo o mundo, sem que elas passem pelos nossos preconceitos é muito difícil.
Fazer arte, enfim, é receber.
E porque é tão importante absorver a tudo ao seu redor o tempo todo, para mim é difícil escolher um trecho de uma obra que tenha me marcado. Mas para quem quiser começar a entender sua própria arte um bom conselho é o seguinte:

And the road becomes my bride
I have stripped of all but pride
So in her I do confide
And she keeps me satisfied
Gives me all I need

And with dust in throat
I crave Only knowledge will
I save To the game you stay a slave

Rover, wanderer
Nomad, vagabond
Call me what you will

But I'll take my time anywhere
Free to speak my mind anywhere
And I'll redefine anywhere

Anywhere I roam
Where I lay my head is home

(E da estrada eu fiz minha noiva
Me despi de tudo além do orgulho
Ela é minha confidente
E me faz feliz
Me dá tudo o que eu preciso

E com poeira na garganta eu anseio
Só conhecimento eu guardo
Desse jogo você é escravo
Explorador, andarilho
Nômade, vagabundo

Mas eu gasto meu tempo em qualquer lugar
Livre para dizer o que quiser em qualquer lugar
E eu vou redefinir qualquer lugar

Para qualquer lugar que eu vá
Onde eu deitar a cabeça é meu lar.

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Joana Masen

1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Não sei dizer ao certo quando comecei, sei que sempre escrevi, sempre coloquei meus sentimentos em papel, por medo de falar sobre eles com alguém. A poesia entrou em minha vida quando eu tinha uns 10 anos e li um livro com poemas de Cecília Meireles. Gostei e me identifiquei tanto com aquelas palavras, que comecei a tentar fazer poesias também.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Não tenho ainda um livro publicado, mais por falta de tempo do que por falta de material, mas estou trabalhando para resolver isso. Tenho planos de publicar um livro de poesias, e estou começando a escrever um romance também. Nada muito ambicioso, e caminhando a passos lentos. Talvez para 2012.
3 – Como se dá seu processo criativo?

É incrível como as palavras vem até mim, os poemas vão nascendo em minha cabeça meio que do nada, e vão tomando forma, até que eu os coloco em papel e começo um trabalho de lapidação daquilo, pois eles chegam em forma bruta, e preciso ler e reler muitas vezes, mudando frases e buscando algum sentido para aquelas ideias.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Amigos sempre apóiam, e a família também. Meu marido gosta muito do que escrevo, apesar de ter conhecido meu trabalho há pouco tempo, pois eu escrevia e guardava tudo, sem deixar que ninguém lesse. Quando decidi mostrar meu trabalho, ganhei logo uma fã, minha amiga Marina, que lê tudo o que eu escrevo e sempre dá opiniões sinceras.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Meu grande sonho é viver de literatura. Quero escrever muitos livros e incentivar a leitura, principalmente dos adolescentes, que muitas vezes torcem o nariz quando precisam estudar poesia. Tenho certeza que com um pouco de incentivo, eles passarão a gostar de ler e apreciar esse tipo de literatura.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
Isso é muito comum. A maioria das pessoas, quando sabe que eu escrevo, lança um olhar descrente, muitas vezes nem comenta sobre o assunto, nem ao menos procura conhecer meu trabalho. Isso é muito triste. Inclusive já me disseram que ser poeta é muito ruim, pois poeta só fica famoso depois de morto.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
A internet é uma ferramenta de divulgação maravilhosa, mas também pode se tornar uma armadilha, já que, ao publicar um texto num blog, por exemplo, ele se torna público, e é muito fácil para qualquer pessoa copiar sua obra como se fosse dela. Infelizmente, o plágio é muito comum no mundo virtual.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
A educação por si só já deveria ser considerada uma arte. Não é fácil ensinar, os professores têm que se reinventar diariamente para manter os alunos interessados, e isso é quase coisa de artista. É claro que as duas coisas deveriam caminhar juntas, pois a arte é mais um incentivo à educação.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
Sou totalmente fã de Cecília Meireles, mas também amo Fernando Pessoa e Vinícius de Moraes. Esses são meus maiores espelhos na hora de escrever. Na música também tenho ídolos, como os Titãs e o U2.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Minha mensagem é: Leiam sempre, leiam tudo o que puderem, pois a leitura é o alimento da alma. E para aqueles que se sentirem a vontade, escrevam. Escrever só faz bem.
Minha frase vem da escritora Adélia Prado, que disse em uma entrevista: "Toda arte quer ser poesia". Pensando bem, é uma grande verdade.

Felipe Tazzo