Foto: A Book in Every Child's Hand by Pratam Books |
Você já deve ter ouvido alguma vez que a leitura abre a mente, não é? Ultimamente, com as políticas públicas de incentivo à leitura, muito tem se falado sobre o impacto desta prática no intelecto do indivíduo e, certamente, em seu meio ou grupo em que está inserido.
Mais do que afirmação filosófica, a ciência tem muito a nos ensinar sobre esta máquina poderosa que carregamos lacrada dentro do crânio; suas aptidões e, portanto, possibilidades, são variadas, misteriosas e surpreendentes.
Quer entender melhor? Olha só: pesquisadores da Unidade de Neuro-Imagiologia Cognitiva do Inserm-CEA (França) desenvolveram um estudo com outros diferentes cientistas de universidades espalhadas pelo mundo e atestaram que o cérebro humano já tem uma zona pré-preparada para a alfabetização.
Comparando a atividade cerebral dos adultos analfabetos com a dos alfabetizados desde a infância ou em
idade avançada, os resultados demonstraram que "existe uma atividade massiva resultante da leitura, tanto nas regiões visuais do cérebro como nas que são utilizadas para a linguagem falada", explicou o cientista. Isso quer dizer que "uma aprendizagem cultural como a leitura tem um impacto muito grande sobre as respostas que o cérebro vai dar, quer sobre a informação escrita quer sobre a falada, e essas modificações podem ocorrer em qualquer idade".
idade avançada, os resultados demonstraram que "existe uma atividade massiva resultante da leitura, tanto nas regiões visuais do cérebro como nas que são utilizadas para a linguagem falada", explicou o cientista. Isso quer dizer que "uma aprendizagem cultural como a leitura tem um impacto muito grande sobre as respostas que o cérebro vai dar, quer sobre a informação escrita quer sobre a falada, e essas modificações podem ocorrer em qualquer idade".
Mais do que reunirmos informações e aprendermos novos assuntos com a prática da leitura, estamos alargando possibilidades, incentivando uma maior atividade em nossa pequena e notável "cacholinha de carne".
Reflita: você conhece alguém sem muito estudo que tem uma capacidade de comunicação e de raciocínio lógico invejáveis? Não é regra geral, obviamente, mas descubra se essa pessoa tem o costume de ler.
E não importa muito o que se lê, sabe por quê? Aumentar o 'nível' de dificuldade de suas leituras é gradativo. Você começa hoje com um livrinho de mensagens reflexivas, depois com um de autoajuda, outro dia um romance curto, de repente se vê às voltas com romances mais compridos e mais densos. Depois, instintivamente, se pega fuçando tratados de filosofia, estudos de psicologia, livros de história ou qualquer outro assunto mais técnico. Notou a grandiosidade da coisa? Você pode parar na faculdade, com fome de conhecimento, só porque alguns anos antes folheava umas poucas letras.
A Cris, nossa secretária-escritora, tem uma história curiosa em sua família como exemplo. Sua avó Maria nunca foi alfabetizada, no entanto a vontade de entender seus livros de receitas e nomes da caderneta de telefones, associada com a necessidade de anotar recados e indicações de corte e costura, transformaram-na em autodidata, capaz de - hoje em dia - ler o livro Ágape, de Padre Marcelo Rossi, como leitora crítica (sim, senhor!) presenteado no último Natal, bem como escrever várias coisas. Além disso, ela é leitora assídua da Revista Terra da Gente, tendo como maior prazer, as tardes na varanda com suas leituras preferidas.
E você, tem alguma história interessante associada à prática de leitura para compartilhar? Não deixe de comentar!
Serviço:
A referência do estudo científico acima foi retirada do site Em Busca da Nova Mente, do professor de filosofia e cientista cognitivo Ives Alejandro Munoz.
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