terça-feira, 14 de junho de 2011

Cuidado Com o Celular!

Foto by Futuro do Presente

A Revista Época da semana passada fez um alerta sobre o efeito nocivo do celular para nós, seres humanos. Estudos vem ocorrendo desde praticamente o início de seu uso, por volta de 1990, e os resultados nunca foram muito satisfatórios por existirem inúmeras controvérsias a respeito. Especula-se que a radiação emitida pela antena tenha potencial cancerígeno e ao mesmo tempo que alguns estudos confirmam esta hipótese, logo depois surgem outros derrubando-as.
Enquanto os especialistas no assunto e a Organização Mundial de Saúde não concordem definitivamente com isso, médicos e cientistas orientam sobre a não utilização do aparelho por crianças - pois é fato que a radiação provoca algum dano sim - e o uso de fones de ouvido e viva voz nas ligações dos adultos. Isso evitaria que o aparelho permaneça muito tempo colado ao ouvido. Especialistas também orientam que o uso não ultrapasse 30 minutos diários, algo que pode parecer aberração para a geração que precisa estar super disponível o tempo todo.
Não seria o momento de refletirmos sobre como a tecnologia afeta nossa rotina e como sua ausência seria entendida como catástrofe? Exagero? Se você descobrisse que a partir de amanhã não haveria mais internet, o que você faria?
Links úteis:
Celular volta a poder causar câncer, diz OMS - Artigo da Revista Época.
Tirem os celulares das mãos das crianças - entrevisa com Devra Davis, de 64 anos, doutora em sociologia e saúde pública.
Uso de celular por crianças é irresponsabilidade, diz cientista - Alerta da BBC Brasil, em 2001.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ex-aluno surdo é entrevistado por alunos em Libras


No dia 14 de abril, recebemos a visita do ex-aluno, Anderson Luis Silva, que foi convidado pela professora Jocinara, coordenadora do Projeto de Libras na escola, a participar de uma entrevista com os alunos do Ciclo 2. Anderson, atualmente, com 22 anos, é surdo e foi entrevistado em Libras pelos alunos do 4º e 5º ano que fazem parte do Projeto. Foi um momento inesquecível para o Anderson, para a professora Jocinara e para os alunos. Agradecemos a sua presença e contribuição e pretendemos convidá-lo mais vezes. Vale lembrar que o Projeto de aulas de Libras na escola, iniciou-se em 2002, a partir do trabalho realizado com os alunos surdos na escola, visando a inclusão de Libras em toda a comunidade escolar. Diego também ex-aluno, junto com o Anderson, tem nos visitado regularmente em nossas aulas de Libras do grupo de adultos, às segundas-feiras, das 18:30 h às 20 hs. Os dois têm contribuído bastante com nosso trabalho.

Jocinara Lopes

A Profa. Jocinara Lopes ministra aulas para o 1º ano B e também de Libras, na qual tem alunos de todas as idades.
Foto: OLX

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Retorno à Casa



No dia 13/04 recebemos a visita de dois ex-professores que muito contribuíram com a nossa escola: Profa. Rose Borelli e Prof. Osvaldo Delmondes.


Rose, professora dedicada que sempre se empenhou para o crescimento pedagógico dos alunos e para melhoria da qualidade do ensino público, se aposentou em outubro de 2010 e veio visitar a escola após a reforma e rever amigos.

Osvaldo foi um dos idealizadores da Olimpíada das Cores e trabalhou muito para desenvolver habilidades

Reprovados: uma brincadeira sem graça

quinta-feira, 7 de abril de 2011

I Semana Literária – Notícias do dia 3

O terceiro dia da I Semana Literária da EMEF Pe Emílio Miotti foi iniciado com histórias apresentadas em Power Point pelas professoras do período da manhã aos alunos do Ciclo I e II, dentro da programação infantil do evento. A atividade caracterizava-se por trazer histórias selecionadas de nossa literatura em forma de slides para serem expostas no programa Power Point do Windows, a fim de que a narrativa aliada às imagens atiçasse o imaginário dos alunos.

Um dos livros foi “Marcelo, Marmelo, Martelo”, de Ruth Rocha. As gravuras contidas no texto original foram apresentadas aos pequenos leitores enquanto o narrador – no caso, uma professora – contava a história. A entonação específica para cada situação vivida pelo personagem Marcelo em sua aventura pelas descobertas com as palavras era o grande atrativo do trabalho, tornando-o imensamente prazeroso para quem ouvia e para quem contava.
“Diversidade”, de Tatiana Belinky, foi outro livro transformado em apresentação de Power Point. Sua temática acerca das diferenças e suas peculiaridades é trabalhada na narrativa de forma divertida e ao mesmo reflexiva. As ilustrações belíssimas são de Fê e imprimem uma delicada maneira delicada e intensa de se apreciar a leitura – algo que criança sabe fazer muito bem, principalmente quando estimulada!

A programação infantojuvenil contou com a presença dos escritores José Oliveira e Raphael O Lord. José é autor de “Réu dos Sonhos” e “Amargo Pecado”. O primeiro, sua estréia na literatura, é de 2008 e conta a história de Diôni, um rapaz de família rica que vive na busca incansável por tudo o que acredita. Retrata conflitos familiares, a ambição sem limites do homem, a discussão sobre a vida em si e outras questões existencialistas. Com uma linguagem simples se propõe a apresentar as entrelinhas da vida – as coisas que se desapercebem no olhar cruel da contemporaneidade.

Já “Amargo Pecado”, seu livro mais recente, narra a história de um homem que amarga na atualidade as consequências de um passado impiedoso.

José contou um pouco de sua infância simples, seu início na literatura e, com seu jeito tímido, porém cativante, sorteiou exemplares de ambos os títulos entre os alunos, além de dor outros para a biblioteca.

O escritor Raphael O Lord é conhecido da comunidade nerd por suas narrativas vampirescas cheias de sangue. O gênero – literatura fantástica – é um dos preferidos entre os jovens, possivelmente empolgados com sucessos globais como Harry Potter, a saga Crepúsculo e histórias vampirescas de Anne Rice a H.P. Lovecraft. Embarcando nessa linha, assim como muitos outro autores nacionais – inclusive de enorme popularidade, como André Vianco e Eduardo Spohr -, Lord, como é conhecido nos fóruns de literatura fantástica e RPG (Role-playing game - jogo de interpretação de papéis), publicou “Draculea - O Livro Secreto dos Vampiros” e “Metamorfose – A Fúria dos Lobisomens”. Ambos são coletâneas organizadas pelo escritor Ademir Pascale e trazem histórias cheias de suspense, terror, vampiros, lobisomens e vários outros seres fantásticos e igualmente aterrorizantes. Para quem curte o gênero é uma boa pedida.

Lord também sorteou ambos os títulos entre os alunos, além de palestrar sobre sua carreira e processo de criação. Ele também contou a história curiosa de como abandonou a ilustração e passou a escrever, totalmente desmotivado por um antigo professor de artes.

Os autores foram embora, porém a parceria foi feita. O incentivo à leitura passou a ser um de seus ideais: uma camisa a ser vestida por pais, mães, educadores, leitores, escritores e formadores de opinião, principalmente.

domingo, 20 de março de 2011

I Semana Literária: Notícias do dia 2

Nossa I Semana Literária foi um dos eventos mais diferentes e extraordinários já ocorridos em nossas dependências. Tudo porque promoveu ações específicas de incentivo à leitura nunca antes feitos por aqui. Trazer autores para dentro da sala de aula foi uma ideia nova, que meteu um pouco de medo, já que a equipe não tinha certeza se conseguiria manter o cronograma de todos os dias e se os autores realmente viriam.

Alguns não puderam comparecer, outros confirmaram na última hora; como o escritor Juliano Sasseron (blog), que veio no último dia confirmando na noite anterior. Juliano veio de Andradas, MG, é autor de Crianças da Noite e Abençoado e viu a iniciativa como uma "promoção de incentivo à leitura muito interessante. Trazer o autor pra dentro da sala de aula, aproximando seus leitores, é uma coisa especial, preciso fazer parte disso!", comentou ele ao telefone, na quinta à noite, empolgado, à Aline Nardi (a autora
Cristina Linardi), uma das organizadoras do evento.

Mas vamos por partes! Esta postagem visa 'digerir e condensar' o que aconteceu no dia 15/03, apresentando algumas fotos do dia, que estarão sendo publicadas em nosso Flickr na medida do possível; bem como os vídeos o serão no nosso canal no Youtube. Nós já publicamos aqui um artigo sobre o dia 14, portanto tentaremos ao longo da semana publicar os artigos referentes aos outros dias.

 No dia 15 de março, 2º dia da Semana Literária, os alunos dos Ciclos I e II (1º ao 5º ano) passaram a manhã ouvindo a contação de histórias da professora Vanessa Pires. Ela se vestiu à caráter para contar a história de um macaquinho que queria dormir na cama do macaco pai por ter medo do escuro para os alunos do 1º ao 3º ano.

Para os alunos do 4º e 5º ano Vanessa contou  história do menino que queria ser rico e foi à casa do vento norte a fim de ganhar uma toalha mágica que tinha o poder de se encher de iguarias gostosas. Também contou sobre o cocô que correu atrás do menino que o fez no mato, o que era proibido.

No período da tarde, os alunos dos Ciclos III e IV (6º ao 9º ano) receberam a visita em sala de aula da escritora Cristina Linardi e do músico Vinnie Fuscaldy.

 Cris conversou com os alunos sobre seu alter-ego literário e seu trabalho em nossa escola, com seu nome verdadeiro, Aline, o que vários acharam divertido, já que nem todos conhecem seu lado escritora. Falou de seu processo criativo, de como publicou seus primeiros textos na internet, de seus blogues, como se deu suas publicações em papel, além de seu processo de formação como leitora e posteriormente escritora. Ela também promoveu seu e-book recém lançado, A Cova da Alma (link) e falou sobre O Metal e as Nuvens, livro em que está trabalhando atualmente.

Vinnie Fuscaldy retornou à escola para falar sobre seus projetos musicais. Ele esteve conosco no ano passado, um pouco antes da reforma, e falou sobre seu trabalho com o Di-Fusão, sua banda de um homem só, onde ele faz tudo, inclusive divulgar na internet suas músicas de rock-pop. Ele também cantou sucessos próprios como Maybe Girl e Como Um Tango de Gardel.

Vinnie está com a rádio Di-Fusão (link) que é mais um canal para divulgar seu trabalho. Lá ele também inclui grandes sucessos do rock nacional e internacional e já possui uma audiência fiel. Seu projeto também vem de encontro ao próprio projeto de rádio de nossa escola, desenvolvido pela professora Kátia Martins. Os alunos produzem a pauta, vinhetas e são locutores, apresentando tudo em forma de exposição de trabalhos em sala de aula. A ideia é ampliar o projeto, para tanto a reforma possibilitou a construção do estúdio de rádio que será usado para esse fim. Vinnie ampliou o horizonte demonstrando que a internet possibilita a transmissão ao vivo ou em forma de podcast. Ele se dispôs a retornar futuramente para uma conversa mais clara sobre isso.

A Semana Literária terminou no dia 18 de março com um saldo super positivo. Vários autores, várias criações, vários talentos descobertos. Quer saber mais? Acompanhe nossas postagens. Ao longo da semana continuaremos contando como foi!

Serviço
Vinnie Fuscaldy:    Myspace Twitter: @di_fusao
Cristina Linardi:     Site          Twitter: @crislinardi

terça-feira, 15 de março de 2011

I Semana Literária: Notícias do dia 1

Nosso primeiro dia de Semana Literária foi um sucesso. No período da manhã tivemos a presença do escritor Cícero Edno que conversou com os alunos dos 1° ao 5° anos, cujas faixas etárias são entre 6 e 11 anos. Daqui alguns dias disponibilizaremos os vídeos que fizemos de seu divertido bate-papo com a garotada. As fotos ficaram na câmera de uma professora, disponibilizaremos logo também. 

Cícero Eno / Divulgação
Cícero Edno é ator de teatro e escritor de livros infantis. Atendeu prontamente nosso convite para conversar com os alunos sobre seu trabalho e apresentar seus textos. Ficarmos muito felizes com sua presença e sabemos da riqueza da experiência.


No período da tarde tivemos uma oficina de história em quadrinhos, oficina com o X-O, o modelo de laptop educacional que os alunos estão utilizando, além da presença do escritor Felipe Tazzo e da escritora Joana Masen. Ambos conversaram com nossos alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos alternadamente.
  
Felipe Tazzo na sala de aula
 
Felipe Tazzo em palestra

  










Na ocasião os alunos puderam apreciar o trabalho de cada um e conhecer um pouco dos autores por trás dos textos. Felipe prendeu a atenção da garotada com seu jeito divertido, contou sobre o personagem de seu livro Perdeu, Playboy, um bandido que deu certo - nem tão certo assim! -, além de falar sobre suas inspirações, processo criativo e responder as perguntas dos adolescentes.

A escritora Joana leu trechos de seus poemas publicados e falou de seus escritores favoritos e da influência destes em sua própria literatura. Também trocou ideias com os alunos sobre suas leituras prediletas, sobre a onda de livros com temática fantástica - vampiros, lobisomens etc - e sobre as adaptações de livros para o cinema. Assim como Felipe, doou exemplares de suas publicações para a biblioteca da escola. 


Joana Masen palestrando

Joana Masen na sala de aula

De fato a experiência de ter um autor dentro da sala de aula é marcante, aproxima o leitor do criador da história, os alunos tiveram o privilégio de conhecer a cara por trás do texto e isso fica marcado na história da Escola Padre Emílio Miotti.
 
Também tivemos a presença da equipe de reportagem do Correio Popular e em breve vocês lerão alguma coisa a respeito da Semana Literária também no jornal. No site da prefeitura saiu uma matéria que a repórter Liliane Santana fez: http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=5620. Tuítem, divulguem no Facebook, Orkut, nos seus blogues!

Oficina X-O

Oficina de HQ












A semana está sendo muito legal e no decorrer dos dias - e na medida que conseguirmos - iremos postando mais novidades.

Serviço:
I Semana Literária da Escola Padre Emílio Miotti
De 14 a 18 de março
Das 8 às 17 horas (14 a 17/03)
Festa de Encerramento, Reinauguração da Escola e Oficialização do Projeto "Um Laptop Por Aluno"
18 de março, das 10 às 17 horas
(este horário foi alterado para possibilitar a presença do senhor prefeito, Dr. Hélio de Oliveira Santos)

Cícero Edno: http://www.ciceroedno.com/    Twitter: @CiceroEdno

segunda-feira, 14 de março de 2011

I Semana Literária: Entrevistas

Nesta terça-feira, 15/03, segundo dia da nossa I Semana Literária, estaremos conversando com Cristina Linardi e Vinnie Fuscaldy. A Cris, como todos já devem saber, é pseudônimo literário da Aline, que trabalha conosco há 12 anos. Ela também concedeu uma entrevista e nós publicamos aqui.

Biografia:

Cristina Linardi é o pseudônimo de Aline Cristiane Nardi, que nasceu em Bauru, SP, mas foi adotada por Campinas ainda na infância. Escreve desde os 12 anos em diários, cadernos e livros artesanais feitos à mão ou datilografados numa velha Olivetti azul,
companheira de estrada. Só teve coragem de se expor a alguns anos, passando por quatro blogues diferentes e deletando os velhos à medida que os novos eram criados.

Lançou seu primeiro texto numa antologia em 2009, depois publicou outros dois em uma coletânea e sua própria antologia poética em 2010, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Seu romance de estréia é um e-book, “A Cova da Alma”, lançado em seu próprio site para degustação. Aguardando edição impressa, a autora decidiu adiantá-lo aos seus leitores. Atualmente se dedica ao segundo romance, “O Metal e as Nuvens”, cujo título é inspirado na música Metal Contra as Nuvens, da extinta banda de rock Legião Urbana, da qual é fã.
1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Não tenho datas precisas, mas foi bem nova, devia estar saindo da infância. Sempre mantive diários, rabiscos e anotações trancafiadas a sete chaves.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Minhas primeiras publicações foram na internet. Comecei com blogues em 2000 e não parei mais. Um dia, lendo um livro de crônicas do Fernando Veríssimo, eu, que sempre escrevi uns lances mais poéticos, resolvi descobrir se conseguia fazer algo diferente, um pouco mais divertido. Lancei a crônica “Mulheres” na antologia de uma editora carioca, inspirada num diálogo real com uma amiga. A partir daí continuei publicando em outros sites, blogues de literatura, até lançar minha primeira antologia poética “Mistérios do Meu Ventre”, na Bienal de São Paulo, em 2010.

3 – Como se dá seu processo criativo?
Eu escrevo o tempo todo. Quando não estou na frente do computador, estou nos cadernos e agendas. Voltei a rascunhar em papel e percebi uma profundidade maior nos textos por conta da rapidez em registrar as viagens da minha mente. Tudo é inspiração para mim: a simples rotina diária, um momento de silêncio ou barulho, pessoas, objetos etc. Mas tenho uma percepção aguçada pras questões humanas, especialmente as femininas. A introspecção me é uma constante, é natural mantê-las nos textos.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Amigos. Primeiramente. Nunca tive apoio da família, mas isso só foi no início, pois mudou hoje em dia que eles sacaram que a maluquice era arte.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Estou no começo de minha carreira, tenho sonhos um pouco maiores e outros extraordinariamente grandes.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
O preconceito não é por ter escolhido ser escritora, é mais pelas características inerentes a mim que me levaram a escrever. Uma boa parte dos escritores é introspectivo e tímido, com um tipo de coisa que borbulha e aflige por dentro. Sou assim 99% do tempo e as outras pessoas demoram muito a entender isso. Daí o tal preconceito. Quando se é mais nova e imatura isso é extremamente doloroso, hoje em dia lido melhor com o nariz torcido e a falsidade das pessoas.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
Certamente que sim, contudo esta independência obriga o artista a ser mais versátil e inteligente; o que é muito importante também.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
Penso em oportunidades importantes sendo apresentadas a quem caminha aprendendo a andar. Não é só discurso: quem está em uma sala de aula todos os dias sabe exatamente como é trabalhar com poucos recursos; a realidade da escola pública. Temos jovens pobres, sem perspectivas, que veem na educação uma terrível obrigatoriedade, acho que essa consciência precisa ser mudada e isso começa na mentalidade do professor e depois na da família. Aproveito a palavra obrigatoriedade para fazer um gancho: os professores e as escolas precisam urgentemente abolir a obrigatoriedade de leitura de certos títulos, estão matando na raiz o desejo de ler do adolescente.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
No comecinho foi Machado (de Assis), depois Clarice (Lispector). Ela mudou completamente minha visão sobre a minha própria literatura e processo criativo. A partir disso consegui encontrar meios de “enviesar” meu texto, no bom sentido, claro. Ultimamente, escrevendo meu novo romance (O Metal e As Nuvens; lancei recentemente, em e-book, “A Cova da Alma”, disponível para download gratuito no meu site), estou percebendo mudanças na escrita por conta da influência de Virginia Woolf.
Falando em música eu mudei um pouco a forma de escrever e costumo ouvir muitas coisas enquanto escrevo. Tenho sempre uma playlist especialmente montada no ITunes para cada livro em que esteja trabalhando. Por exemplo, ando ouvindo bastante Pearl Jam e Legião Urbana, pois a personagem de meu livro atual é louca pelo Eddie Vedder e o próprio nome do livro faz referência à música Metal Contra as Nuvens, da Legião. No livro anterior eu ouvi muito Bob Dylan e Chico Buarque.
Tenho uma relação íntima com a música e cada uma me toca de um jeito diferente e influencia os caminhos de minha literatura. Sou compositora e tenho minhas próprias canções gravadas em minha voz, contudo, desisti de seguir essa carreira para me focar nos livros.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Vou deixar um trecho da poesia-música Metal Contra as Nuvens da Legião Urbana, porque ela sempre me marcou, como muitas outras deles, mas esta é tão especial que meu livro leva o nome dela.

“Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.”

Minha mensagem? Já que tenho essa oportunidade não vou perdê-la. Eu faço apologia ao respeito. Respeite e exija respeito. Sempre por gentileza e nunca por violência. Perdoe aqueles que te desdenham e desdenham da tua arte, eles não entendem, pois toda arte é arte e expressão de seu criador, não existe uma melhor que a outra. Foque-se nisso e não almeje arrebanhar outro público que não o seu, só ele vai te entender.

sexta-feira, 11 de março de 2011

I Semana Literária: Entrevistas

Nesta segunda-feira tem início a I Semana Literária da Escola Padre Emílio Miotti e a programação do dia inclui bate-papo com o autor Cícero Eno, no período da manhã. No período da tarde teremos a presença do escritor Felipe Tazzo e da autora Joana Masen. Ambos falarão de seus processos criativos e seus trabalhos publicados, bem como incentivar a leitura e a atividade criativa, principalmente a autoral, ou seja, valorizar o talento de cada um a fim de se expressar por meio da arte; um papo extremamente cabeça para jovens entre 11 e 16 anos. Ambos cederam uma entrevista para a gente e vocês conferem abaixo.



1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Eu não sei se eu "comecei" a escrever em algum momento. Quando eu era criança, era um hobby. Ao longo dos anos na escola, eu fui me interessando mais e criando coisas mais interessantes. É lógico que, como qualquer outro escritor pode dizer, antes de ser escritor eu era um grande leitor. Mas, o fato de eu escrever foi se tornando mais sério perto da adolescência e eu comecei a realmente prestar atenção no que estava fazendo, ao invés de simplesmente deixar as palavras fluirem. Literatura foi uma grande companhia para esse período que é difícil para todo mundo.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Meu primeiro livro 'o livro das coisas que acontecem por aí' foi publicado em 2007, através do FICC.

3 – Como se dá seu processo criativo?
Eu ainda não sei! Uma coisa que ajuda muito é conhecer bem aquilo sobre o que quer se escrever. Então, quando eu penso em algum assunto, busco outros livros, notícias, conversas com pessoas que estejam próximos desse assunto. Depois eu abandono o assunto. Deixo todas as informações que eu consegui encontrar cozinhando em fogo baixo dentro da minha cabeça. Um belo dia, sem maiores explicações, eu sento para escrever e aquilo que eu estava planejando antes começa a acontecer. Como, eu não sei, mas eu sei que ajuda e ajuda muito planejar o seu começo, meio e o fim. Meu último livro começou com uma sinopse de 3 ou 4 linhas, depois eu escrevi algo perto de uma página que resumia o livro todo e depois eu criei a estrutura de capítulos.
Mas, como qualquer obra criativa, a gente começa planejando A, B e C e quando vê está escrevendo X, Y e Z, porque às vezes personagens de um livro cuidam eles mesmos de traçar o seu próprio destino.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Acho que família, amigos e pessoas próximas sempre me apoiaram. Ainda bem, sou cercado de gente muito bacana, mas o que me deu mais ânimo para escrever foi quando eu comecei a esticar as
pernas na internet e descobrir que tinha muita gente por aí fazendo coisas parecidas com as que eu gostava de fazer.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Fama, fortuna, iates, mulheres, prêmios internacionais, essas coisas? É... Não ainda não.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
Essa, infelizmente, não é a minha carreira. Nem acho que eu conseguiria fazer dela a minha carreira porque escrever é apenas uma das minhas paixões. Mas é possível sim, especialmente hoje em dia que existem muitos empregos relacionados a escrever (infelizmente, nenhum deles é escrever romances de ficção como eu gosto).
Para responder essa pergunta, como eu não faço disso a minha carreira, não sofro e nem sofrerei preconceitos por conta de escrever, mas eu posso garantir que todo mundo no mundo um dia vai sofrer algum tipo de preconceito a partir de algo que é, gosta, ou escolheu, seja escritor, músico, engenheiro, advogado, piloto de avião, o que seja. Melhor coisa nessas horas é engolir em seco, sorrir e lembrar sempre que o preconceito em geral vem sempre de pessoas que não fazem a menor idéia do que está acontecendo com você. Se as pessoas fizessem mais perguntas e menos afirmações, a vida seria muito mais fácil para todos.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
Com certeza. Esses tempos as relações do mundo com as artes e com as oportunidades de carreira está mudando muito, graças entre outras coisas à internet. Essas mudanças ainda não se consolidaram, mas com o tempo vai ficar bem mais fácil enxergá-las.
Um exemplo disso é que eu conheço uma jornalista que tem que escrever 5 textos por dia sobre peças de carro, porque ela trabalha em uma empresa que se especializa em garantir que o site do cliente deles apareça sempre na primeira página do google. Como o google sempre busca pelo maior volume de informações, quantos mais textos houver, melhor será a colocação dessa empresa no google. Não é o sonho dourado de qualquer escritor, mas é uma oportunidade e, mais importante,
é um exercício criativo muito bom.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
Acho bobagem. Educação e arte são dois conceitos muito amplos e é possível encontrar intersecção entre elas, claro. Por exemplo, não é possível ensinar gramática ou interpretação de texto sem recorrer ao Machado de Assis, claro, mas a arte não pode ser considerada uma ferramenta da educação apenas. É importante lembrar que a maioria dos escritores cresceu em redações de jornais ou em agências de publicidade e nem por isso consideramos que notícias ou anúncios sejam arte. Da mesma forma, não podemos considerar que o ensino de matemática, biologia ou até mesmo cidadania sejam uma arte ou, necessariamente dependam da arte para existir. Também não acredito que a arte realmente torne o ensino melhor ou mais eficaz.
Também é importante lembrar que a arte é utilizada para construir muitas outras coisas da nossa sociedade que não possuam nem apelo comercial e nem apelo artístico. É o caso das novelas, onde muitos artistas trabalham para gerar um entretenimento raso, ou ainda na arquitetura, onde a arte é empregada para criar prédios e casas cujo objetivo é bastante prático: morar.
Arte também pode ser considerada uma forma de transgressão ou ainda apenas uma decoração de um ambiente.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
Eu leio muitos escritores diferentes, brasileiros e estrangeiros, mas também busco inspiração em quadrinhos e na música. Gosto muito por exemplo de rock n roll e blues e deixo isso influenciar na minha literatura.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Muita gente pensa que o trabalho de um escritor (bem, artistas em geral) é uma atividade solitária, que acontece em um quarto pequeno e em um momento específico 'baixa uma luz' e o artista cria sua obra prima. Não é verdade. A arte acontece no mundo. O que me leva a escrever não são as paredes do meu quarto, mas são as pessoas, os lugares, as comidas, as outras artes, as coisas boas da vida e as más também. O que me leva a escrever é o que está ao alcance dos olhos, dos dedos, do coração ou da mente, mesmo que essas coisas não existam mais, ainda não existem ou nunca venham a existir.
Para chegar aos meus livros eu fiz muitas perguntas, fui a muitos lugares, experimentei muitas coisas, conheci muita gente e deixei que todas essas coisas passassem por mim, sem tentar filtrar ou organizar. E receber as influências de todo o mundo, sem que elas passem pelos nossos preconceitos é muito difícil.
Fazer arte, enfim, é receber.
E porque é tão importante absorver a tudo ao seu redor o tempo todo, para mim é difícil escolher um trecho de uma obra que tenha me marcado. Mas para quem quiser começar a entender sua própria arte um bom conselho é o seguinte:

And the road becomes my bride
I have stripped of all but pride
So in her I do confide
And she keeps me satisfied
Gives me all I need

And with dust in throat
I crave Only knowledge will
I save To the game you stay a slave

Rover, wanderer
Nomad, vagabond
Call me what you will

But I'll take my time anywhere
Free to speak my mind anywhere
And I'll redefine anywhere

Anywhere I roam
Where I lay my head is home

(E da estrada eu fiz minha noiva
Me despi de tudo além do orgulho
Ela é minha confidente
E me faz feliz
Me dá tudo o que eu preciso

E com poeira na garganta eu anseio
Só conhecimento eu guardo
Desse jogo você é escravo
Explorador, andarilho
Nômade, vagabundo

Mas eu gasto meu tempo em qualquer lugar
Livre para dizer o que quiser em qualquer lugar
E eu vou redefinir qualquer lugar

Para qualquer lugar que eu vá
Onde eu deitar a cabeça é meu lar.

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Joana Masen

1 – Quando você começou a escrever/cantar/compor?
Não sei dizer ao certo quando comecei, sei que sempre escrevi, sempre coloquei meus sentimentos em papel, por medo de falar sobre eles com alguém. A poesia entrou em minha vida quando eu tinha uns 10 anos e li um livro com poemas de Cecília Meireles. Gostei e me identifiquei tanto com aquelas palavras, que comecei a tentar fazer poesias também.

2 – Como publicou seu primeiro livro ou gravou seu primeiro CD?
Não tenho ainda um livro publicado, mais por falta de tempo do que por falta de material, mas estou trabalhando para resolver isso. Tenho planos de publicar um livro de poesias, e estou começando a escrever um romance também. Nada muito ambicioso, e caminhando a passos lentos. Talvez para 2012.
3 – Como se dá seu processo criativo?

É incrível como as palavras vem até mim, os poemas vão nascendo em minha cabeça meio que do nada, e vão tomando forma, até que eu os coloco em papel e começo um trabalho de lapidação daquilo, pois eles chegam em forma bruta, e preciso ler e reler muitas vezes, mudando frases e buscando algum sentido para aquelas ideias.

4 – Quem mais te apoiou em sua arte?
Amigos sempre apóiam, e a família também. Meu marido gosta muito do que escrevo, apesar de ter conhecido meu trabalho há pouco tempo, pois eu escrevia e guardava tudo, sem deixar que ninguém lesse. Quando decidi mostrar meu trabalho, ganhei logo uma fã, minha amiga Marina, que lê tudo o que eu escrevo e sempre dá opiniões sinceras.

5 – Você já alcançou em sua carreira tudo o que queria ou ainda tem sonhos maiores?
Meu grande sonho é viver de literatura. Quero escrever muitos livros e incentivar a leitura, principalmente dos adolescentes, que muitas vezes torcem o nariz quando precisam estudar poesia. Tenho certeza que com um pouco de incentivo, eles passarão a gostar de ler e apreciar esse tipo de literatura.

6 – Você sofreu ou sofre preconceitos por ter escolhido essa carreira?
Isso é muito comum. A maioria das pessoas, quando sabe que eu escrevo, lança um olhar descrente, muitas vezes nem comenta sobre o assunto, nem ao menos procura conhecer meu trabalho. Isso é muito triste. Inclusive já me disseram que ser poeta é muito ruim, pois poeta só fica famoso depois de morto.

7 – Você acha que hoje em dia existem mais oportunidades para o artista, por exemplo, com o advento da internet?
A internet é uma ferramenta de divulgação maravilhosa, mas também pode se tornar uma armadilha, já que, ao publicar um texto num blog, por exemplo, ele se torna público, e é muito fácil para qualquer pessoa copiar sua obra como se fosse dela. Infelizmente, o plágio é muito comum no mundo virtual.

8 – O que você pensa sobre a arte e a educação caminharem de mãos dadas?
A educação por si só já deveria ser considerada uma arte. Não é fácil ensinar, os professores têm que se reinventar diariamente para manter os alunos interessados, e isso é quase coisa de artista. É claro que as duas coisas deveriam caminhar juntas, pois a arte é mais um incentivo à educação.

9 – Quais autores/músicos mais influenciam sua criação?
Sou totalmente fã de Cecília Meireles, mas também amo Fernando Pessoa e Vinícius de Moraes. Esses são meus maiores espelhos na hora de escrever. Na música também tenho ídolos, como os Titãs e o U2.

10 – Você pode deixar uma mensagem para o público e incluir o trecho de alguma publicação ou música que tenha te marcado?
Minha mensagem é: Leiam sempre, leiam tudo o que puderem, pois a leitura é o alimento da alma. E para aqueles que se sentirem a vontade, escrevam. Escrever só faz bem.
Minha frase vem da escritora Adélia Prado, que disse em uma entrevista: "Toda arte quer ser poesia". Pensando bem, é uma grande verdade.

Felipe Tazzo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Novo Início

A Biblioteca já começou suas atividades de 2011. Como muitos de vocês já sabem, estávamos em reforma e permanecemos em estado de "acampamento" na Unidade III da FAC, de abril a dezembro de 2010. O acervo está sendo organizado, muitos títulos ainda estão fora de suas prateleiras, mas cremos que em dois dias terminamos tudo.

Existem títulos a serem cadastrados e provavelmente hoje já iniciamos os empréstimos informatizados, através do programa Biblioteca Fácil, antes estávamos fazendo manualmente.
Algo interessante a se anunciar é que este ano iniciamos com três profissionais fixas na biblioteca: a Odete, que é a professora que está aqui desde o ano de 2009, a Ieda, que chega este ano cheia de ideias, já que é professora de português e fará suas horas de projeto aqui e a Aline, que é secretária e agora coordena nossos trabalhos, principalmente os de incentivo à leitura. Como na literatura a Aline é a Cristina Linardi (http://cristinalinardi.com/), a equipe gestora viu aí uma chance de unir sua experiência como escritora e a necessidade da escola em tornar a biblioteca mais viva e dinâmica.

Estamos nos organizando para fazer novas aquisições de livro e já está em nossas mãos a "cartinha" dos alunos solicitando mais livros, estamos avisando, pois todos os dias os alunos perguntam quando compraremos mais. Que maravilha, héin? A compra de novos títulos será na última semana de fevereiro, muitos gibis serão adquiridos, já que saem bastante, incluindo os números novos da Turma da Mônica Jovem e os atrasados. Vários dos solicitados(Meg Cabot, Stephanie Meyer etc) serão também adquiridos nesta compra. A cotação de preços já começou.

O horário da bibliteca para 2011 será afixado no mural, mas já avisamos que seu funcionamento será o seguinte:

SEGUNDA: Das 7h30 às 13h.
TERÇA: Das 9h às às 17h.
QUARTA: Das 7h30 às 13h e das 14h às 17h.
QUINTA: Das 7h30 às 13h e das 14h às 17h.
SEXTA: Das 7h30 às 13h e das 14h às 17h.

Mas é bom que vocês estejam sempre atentos aos murais do lado de fora, para eventuais mudanças.
Outra coisa interessante é que estamos nos organizando para anunciar os leitores mais assíduos da semana e mês, além dos livros e autores mais emprestados. Aguardem!
É isso! Nos vemos por lá!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Crepúsculo - A Saga


Ler. Independente do quê. É assim que se começa. Você já ouviu críticas ao seu estilo preferido de literatura? Pois é, a gente tem que ser fiel ao coração nesse quesito também. E uma coisa que não dá pra ignorar é o gosto popular dos nossos alunos.
A história do vampiro que se apaixona pela mortal é uma bela representação moderna de Romeu e Julieta. A americana Stephanie Meyer acertou em cheio na fórmula - nada inovadora - de se juntar o romance com o sobrenatural. Mas o que faz uma história ser tão atraente não é exatamente os "quês", mas os "comos".
Temos em nossa biblioteca os três livros da série: "Crepúsculo", "Lua Nova" e "Eclipe". Confessamos a vocês, envergonhados, logicamente, que desconhecíamos a existência do tal "Amanhecer", este separado em três livros. Prometemos que eles serão adquiridos logo, ok?
Os títulos causaram grandes filas de espera. Muitos alunos chegavam sorridentes procurando-os e saíam chateados porque já estavam emprestados. Esperamos que esta procura também aconteça neste ano, porém também esperamos mais exemplares, por isso devolver o livro é importante.
A saga ganhou sua versão cinematográfica, tendo a atriz Kristen Stewart e Robert Pattinson nos papéis de Bella e Edward, respectivamente. Quem ainda não viu o clipe da música "Decode", do Paramore, que é tema do filme?

Este ano estão previstas as chegadas de vários títulos de interesse dos adolescentes. Dentre eles a última parte da saga "Crepúsculo", claro e também vários de literatura fantástica e infantojuvenis.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Informes da Secretaria

Informamos que a data de afixação da listagem de classes 2011 não será feita em 01/02 como informado anteriormente, mas sim no dia 04/02 (sexta) e as aulas retornarão no dia 07/02 (segunda).

Isso acontece por conta do cronograma da Coordenadoria de Educação Básica, departamento da Secretaria de Educação, que fechará as turmas apenas em 03/02, tornando impossível sua impressão em data anterior a essa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Segure sua pressa!

Alguns procedimentos normalmente executados na secretaria da escola são mais complexos que outros. Para você não ter surpresas desagradáveis na fila de atendimento, sugerimos que observe os tempos e trâmites em que despachamos com frequência.

Solicitação de Declaração de Matrícula (para fins de comprovação junto ao serviço do responsável, cursos etc.):
O documento deve ser solicitado pessoalmente pelo responsável legal, identificado com documento pessoal e sai na hora. Tempo: menos de 5 minutos.

Solicitação de preenchimento do Formulário do Passe Escolar

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mudanças na Lista de Espera 2011

Recebemos orientações da Secretaria Municipal de Educação que mudam radicalmente a forma de cadastro em lista de espera.
A partir deste ano não mais efetuaremos cadastro de alunos fora da area de abrangência de nossa unidade. No momento da solicitação de vaga, a secretaria fará a verificação da documentação entregue pelos responsáveis, consultará o mapa da area de abrangência e dará prosseguimento ao processo que pode ser 1) cadastrar em lista de espera os residentes na area e encaminhar dados para a NAED Sudoeste - Descentralizado da Secretaria de Educação;
2) fornecer declaração de vaga para início do processo de transferência, quando houver vagas;
3) encaminhar os responsáveis para a escola que atende seu endereço, quando estes não residirem em nossa area.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Resultado do Cadastro de Transferência 2011

1. Critérios para a seleção, segundo estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação e Conselho de Escola.

1.1. CANDIDATOS MORADORES DENTRO DA AREA DE ABRANGÊNCIA DA ESCOLA;
1.2. CANDIDATOS QUE ATENDEM O ITEM 1 E QUE ESTÃO VINDO DE OUTRO MUNICÍPIO, DE ESCOLA PARTICULAR OU NÃO TEM MATRÍCULA EM ESCOLA PÚBLICA EM 2011;
1.3. CANDIDATOS QUE ATENDEM O ITEM 1 E QUE ESTÃO MUDANDO DE ENDEREÇO (DE OUTRA AREA DE ABRANGÊNCIA PARA NOSSA AREA);
1.4. CANDIDATOS QUE ATENDEM O ITEM 1 E QUE TEM IRMÃOS MATRICULADOS NA ESCOLA;

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Perdeu, Playboy!


São inúmeros os títulos que constam em nossa biblioteca e é com alegria que recebemos as caixas de livros quando elas chegam assim, lacradinhas. A gente se aproxima e parece que de dentro exala algum tipo de perfume inebriante, nossa curiosidade acerca dos títulos é imensa! O governo manda uma remessa e às vezes manda mais, nossa orientadora pedagógica solicitou mais alguns e eles vieram. Enfileirados, recém saídos das caixas, vão mexendo e remexendo aqui dentro da gente, causando frisson!  As capas durinhas, outras nem tanto, grandes, pequenos, grandões e até quase miniaturas! Gibis, revistas, uns parecem quadros de tão belas que são as gravuras.

E pra contar uma história hoje em dia as editoras não poupam esforços! Tem livro de todo tamanho e formato. As ilustrações são mais do que meras figuras para atrair, são complementos da histórias, por vezes, a própria história.

Hoje indicamos (em postagens separadas) dois títulos que vocês encontram por lá, nas estantes. Mas esperem! A biblioteca ainda está fechada, portanto guardem essa postagem para depois, assim vocês não esquecem.

Perdeu, Playboy!, de Felipe Tazzo, conta a história de Edvaldo, um bandido que deu certo. Fazendo pequenos furtos que lhe rendem alguns dias de aparente tranquilidade econômica, ele logo aprende a largar a arma e agenciar outros bandidos para roubar em seu lugar. Deixando o bairro pobre, as namoradas sem graça e o passado para trás, Edinho, como é conhecido, sobe em direção a uma vida de playboy. Ascender socialmente, porém, não o ajuda a lidar com limitações pessoais, sentimentos confusos e nem a sobreviver entre o crime e a máscara social que precisa criar para manter a atividade em sigilo. A narrativa traz, desta vez, não o lado do mocinho, mas o do bandido.

"Ele percebia que o seu maior inimigo não era a polícia, não o playboy, não era o diabo. Era a honestidade, essa besteira falsa que cada um inventava para si mesmo todos os dias, como se fossem todos heróis, como se fossem padres, como se fossem todos papas, Jesus Cristo. Essa maldita mania de ser bonzinho que todo mundo inventava e se dava o direito de decidir sobre a morte ou a vida do bandido que só queria saber de defender o seu".

Edvaldo é a figura do preconceito a partir do excluído, do pobre, daquele que não vê alternativas e é empurrado para o crime. Talvez esse processo se dê naturalmente, na ilusória ideia de que o ilícito é comum para quem está na camada mais baixa, ou seja, não causa assombro e ainda apresenta vantagens. Ou talvez Edvaldo, o excluído, tenha escolhido o crime por irresistível atração por um status que jamais alcançaria por meios legais. Essas questões não são respondidas e o livro não traz o Edinho antes do crime, não se sabe. Mas o interessante da leitura crítica é que você pode formular questões, muitas vezes sem obter respostas, porém estimulantes, a uma reflexão mais acentuada acerca da vida.

As ilustrações são de André Vanini; um trabalho interessante que acentua o ar marginal do livro concebido com o FICC – Fundo de Investimentos Culturais de Campinas.

Foto : Link
Felipe Tazzo tem 31 anos, vive em Campinas e é publicitário por formação, mas trabalha com produção cultural, produzindo shows, livros, CDs, DVDs, peças de teatro, apresentações de dança e exposições. Em 2007 lançou seu primeiro livro, “o livro das coisas que acontecem por aí”, uma coletânea de 18 contos boêmios que refletem seu testemunho da noite campineira. Em 2010, publicou "Perdeu, Playboy!". Conheça seus trabalhos em http://www.felipetazzo.com.br/.

O Morador da Casa Maluca

Link

O Morador da Casa Maluca (Infantil), de Maxs Portes, traz belíssimas ilustrações de meia página e versos singelos para instigar o pequeno leitor a acompanhar a aventura de um personagem inusitado.

"Todos têm onde morar,
Não importa onde seja
Casa é sempre algum lugar.
A minha, não há quem veja..."
Nessa simplicidade, Portes vai conduzindo ritmicamente uma prosa-poesia que faz crescer dentro da gente, sim, mesmo adulto, uma vontade feita coceirinha de saber afinal que casa é essa!
"Minha casa é diferente.
Não se faz arrumação.
E, cá entre nós, simplesmente
Nem se paga prestação".
O título é o volume 3 da Coleção Surpresa, da Editora RHJ, que também traz Toda Hora É Agora (Vol. 1), Com os Pés Na Cabeça (Vol. 2) e Passa, Passa... Passará!? (Vol. 4).

A história é excelente para você pedir para sua mãe ou seu pai lerem para você. Ou para você ler para seu filho ou sobrinho se você já tiver uns 32 dentes na boca (ou não... enfim!). Não esqueça de mostrar as ilustrações para as crianças e entoar bem a voz, no ritmo dos versos. Se você quiser mais informações do porquê ler e como ler para crianças é só acessar o site Psicopedagogia On Line.

O livro é ilustrado por Carti com gravuras lindíssimas. Eu particularmente gosto da estante de livros bem no meio do livro, da bela paisagem de um vilarejo com telhadinhos marrons e um enorme varal cheio de roupas. 

Site de Caratinga
Maxs Portes nasceu em Caratinga, MG, tem 67 anos e é bacharel em Comunicação Social com habilitação em Produção Editorial pelo Centro Universitário de Belo Horizonte INI-BH, além de ter cursado Artes Gráficas, em Paris, onde morou por dois anos. É autor de 48 livros entre romances, contos, novelas, poesias, juvenis e infantis. Também é detentor de 54 prêmios literários.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Google anuncia primeira feira de ciências mundial online

O Google anunciou nesta terça-feira a primeira feira de ciências online e em escala mundial. O Google Science Fair vai premiar estudantes de 13 a 18 anos, que podem criar um projeto de ciências usando todas as ferramentas do Google, como YouTube e Google Docs.

Os estudantes têm até o 4 de abril para se inscrever. Os melhores projetos serão analisados por uma equipe e os semifinalistas serão anunciados no início de maio. Os projetos escolhidos passarão por voto popular, e 15 deles irão participar da final na sede do Google em julho.

Um júri formado por cientistas de renome irá escolher um vencedor para cada faixa etária, além de um grande vencedor. Entre os prêmios anunciados pelo Google estão uma viagem para as Ilhas Galápagos com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alargar Possibilidades

Foto: A Book in Every Child's Hand by Pratam Books
Você já deve ter ouvido alguma vez que a leitura abre a mente, não é? Ultimamente, com as políticas públicas de incentivo à leitura, muito tem se falado sobre o impacto desta prática no intelecto do indivíduo e, certamente, em seu meio ou grupo em que está inserido.
Mais do que afirmação filosófica, a ciência tem muito a nos ensinar sobre esta máquina poderosa que carregamos lacrada dentro do crânio; suas aptidões e, portanto, possibilidades, são variadas, misteriosas e surpreendentes.
Quer entender melhor? Olha só: pesquisadores da Unidade de Neuro-Imagiologia Cognitiva do Inserm-CEA (França) desenvolveram um estudo com outros diferentes cientistas de universidades espalhadas pelo mundo e atestaram que o cérebro humano já tem uma zona pré-preparada para a alfabetização.
Comparando a atividade cerebral dos adultos analfabetos com a dos alfabetizados desde a infância ou em
idade avançada, os resultados demonstraram que "existe uma atividade massiva resultante da leitura, tanto nas regiões visuais do cérebro como nas que são utilizadas para a linguagem falada", explicou o cientista. Isso quer dizer que "uma aprendizagem cultural como a leitura tem um impacto muito grande sobre as respostas que o cérebro vai dar, quer sobre a informação escrita quer sobre a falada, e essas modificações podem ocorrer em qualquer idade".
Mais do que reunirmos informações e aprendermos novos assuntos com a prática da leitura, estamos alargando possibilidades, incentivando uma maior atividade em nossa pequena e notável "cacholinha de carne".
Reflita: você conhece alguém sem muito estudo que tem uma capacidade de comunicação e de raciocínio lógico invejáveis? Não é regra geral, obviamente, mas descubra se essa pessoa tem o costume de ler. 
E não importa muito o que se lê, sabe por quê? Aumentar o 'nível' de dificuldade de suas leituras é gradativo. Você começa hoje com um livrinho de mensagens reflexivas, depois com um de autoajuda, outro  dia um romance curto, de repente se vê às voltas com romances mais compridos e mais densos. Depois, instintivamente, se pega fuçando tratados de filosofia, estudos de psicologia, livros de história ou qualquer outro assunto mais técnico. Notou a grandiosidade da coisa? Você pode parar na faculdade, com fome de conhecimento, só porque alguns anos antes folheava umas poucas letras.
A Cris, nossa secretária-escritora, tem uma história curiosa em sua família como exemplo. Sua avó Maria nunca foi alfabetizada, no entanto a vontade de entender seus livros de receitas e nomes da caderneta de telefones, associada com a necessidade de anotar recados e indicações de corte e costura, transformaram-na em autodidata, capaz de - hoje em dia - ler o livro Ágape, de Padre Marcelo Rossi, como leitora crítica (sim, senhor!) presenteado no último Natal, bem como escrever várias coisas. Além disso, ela é leitora assídua da Revista Terra da Gente, tendo como maior prazer, as tardes na varanda com suas leituras preferidas.
E você, tem alguma história interessante associada à prática de leitura para compartilhar? Não deixe de comentar!

Serviço:
A referência do estudo científico acima foi retirada do site Em Busca da Nova Mente, do professor de filosofia e cientista cognitivo Ives Alejandro Munoz.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Fotos da Reforma da Escola

Pessoal! Sabemos que a ansiedade para conhecer os novos espaços da escola, após a reforma, está imensa! Portanto tiramos algumas fotos para vocês verem como as coisas estão indo. Espero que gostem e comentem, claro!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Semear

Foto: Children Reading by Pratam Books
Segundo o minidicionário Aurélio (aos montes na biblioteca), semear significa 1. deitar sementes de, para que germinem. 2. espalhar, propalar. 3. causar, ocasionar. Assim é a nossa biblioteca: sua função é semear na comunidade a semente do prazer pela leitura.
Alguns dizem que o terreno é árido, duro, difícil. Outros veem possibilidades de alagamento. Porém, todo processo de mudança é demorado e esperamos que os índices sobre a prática de leitura do brasileiro cresçam nos próximos anos.
Porque livros mudam pessoas. Mudam mentalidades. Abrem, arrancam, desconstroem para reconstruir. Duvida?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Voltando para casa

Pois é, galerinha! Estamos voltando para casa! A reforma de nossa escola está terminando e a ansiedade e fim do ano letivo nos trouxe de volta esta semana. Professores e funcionários se desdobram para tentar botar as coisas em ordem, no meio da sujeira, dos materiais pelo caminho e da poeira que faz o povo trabalhar com máscaras (a la Michael Jackson).
Certamente que no ano que vem muitas serão as novidades e o fôlego novo vai ser revigorante! Até lá, então!
Feliz Natal e um excelente Ano Novo a todos!